terça-feira, 25 de maio de 2010

MENINOS DE KICHUTE!


Vivo intensamente o futebol desde os 12 anos, quando comecei a disputar os primeiros campeonatos de base em Maringá, em 1977. Certa vez, o time da escola disputou um campeonato de futebol de salão e na final enfrentamos a Guarda Mirim, na Vila Operária em Maringá. Sofri um corte no lábio durante uma disputa de bola e foi ali que aprendi com a primeira cotovelada que nada seria fácil. Mas a paixão pelo futebol não fez-me mudar de esporte. Assim, até hoje estou vivendo esta paixão que espero manter até a morte!

Quando começo a escrever sobre futebol as lembranças de minha infância vão invadindo o meu pensamento, quantas peladas eu joguei na rua ou no terreno baldio ao lado da minha casa, com meu irmão José João, com o Neizinho, o Piá e muitos outros, as vezes descalço ou com meu kichute preto com o cadarço enorme amarrado no meu tornozelo, eram tardes após a escola até escurecer, na Rua Alto Maringá, n.104, no Jd. kosmos, ou km 130 como todos conheciam.

Aos sábados e domingos, dias inteiros de futebol, só parava para comer quando era ameaçado pela minha mãe: “Vem prá casa comer senão vou de buscar de vara”. Acho que foi assim com muitas crianças da minha geração! Não havia tempo ruim, nenhuma chuva ou sol forte que fizesse o jogo parar. Vivemos no país do futebol e o amor por esse esporte é algo extraordinário. O filme do londrinense Márcio Américo, "Meninos de Kichute" é nossa história! O amor de um menino pelo futebol e o sonho de tornar-se um goleiro profissional desafiando tudo.

Dá para matar um pouco a saudade dos bons tempos em que não tínhamos tantas responsabilidades, hoje em dia não consigo mais correr tanto como naquele tempo, jogo minhas peladas duas ou três vezes por semana, mas o amor pelo futebol continua e a cada dia está maior, assim como o meu amor pelas crianças e os esforços que faço para ajudar mostrar as nossas crianças que é preciso praticar esporte e livrar-se das drogas e das más companhias. Assim farei sempre para lutar contra a violência e a dependência química de crianças e jovens que poderiam encontrar no esporte a grande saída para uma vida feliz e saudável!

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